O Ministério da Defesa anunciou, nesta quarta-feira (11), durante uma coletiva de imprensa em Brasília, que pretende dobrar a participação feminina nas Forças Armadas nos próximos 10 anos. A intenção é que a taxa feminina entre os militares, que hoje é de 10,52%, chegue a 20%.
O evento do Ministério foi convocado para explicar o inédito alistamento militar feminino, previsto para começar em 2025. Segundo a pasta, o alistamento será feito entre os meses de janeiro e junho e a primeira turma deverá iniciar em 2026. Ao todo, 1.465 vagas serão disponibilizadas: 155 na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica.
As mulheres que completarem 18 anos em 2025 estarão aptas a se alistar, de forma voluntária. Ao todo, 28 cidades, em 13 estados e no Distrito Federal, estarão aptas para receber as candidatas. Na Bahia, o alistamento poderá ser feito apenas em Salvador.
MULHERES NAS FORÇAS ARMADAS PELO MUNDO
Atualmente, 37 mil mulheres estão presentes nas Forças Armadas brasileiras. A sua atuação, entretanto, está direcionada às áreas de saúde, ensino e logística.
O contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de mobilização da Marinha, afirma que “falar em números não reflete necessariamente em qualidade”. Conforme o miliar, a instituição busca, com o novo projeto, “permitir que as mulheres estejam em todos os espaços onde os homens estejam.
Segundo o militar, as Forças Armadas buscam uma referência externa, e, mundialmente, tomando como base países da Aliança do Atlântico Norte (Otan) e da Comunidade Asiática, a média de participação feminina nas Forças Militares foi de 10,4%. “A gente entendeu que o ponto de partida deste trabalho já identificava o Brasil numa posição mediana”, afirmou Guimarães.
O processo de recrutamento será feito em etapas, começando pelo alistamento, seguido por duas seleções, a designação e a incorporação. As candidatas devem passar por entrevistas, inspeção de saúde e testes físicos. Ademais, poderão escolher a força que quiserem, dependendo a disponibilidade de vagas.
Bahia Notícias