O proprietário da CL Transportes, dono da lancha Cavalo Marinho I, da tragédia de Mar Grande, denunciou à polícia ter recebido ameaças de morte. Nesta quinta-feira (20), Lívio Garcia Galvão Júnior foi ouvido pelo delegado Ricardo Amorim, na sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade, em Salvador.
Sobre a denúncia de ameaça contra Lívio Garcia, o delegado Ricardo Amorim disse que o empresário procurou a delegacia de Vera Cruz no dia 10 de dezembro para relatar que havia recebido ameaça de morte de uma pessoa que diz ter perdido um parente na tragédia.
Amorim disse que Lívio foi ameaçado de morte por meio de uma rede social e que o caso é investigado. Nomes de suspeitos não foram revelados e a investigação segue sob sigilo. No depoimento desta quinta-feira, Lívio compareceu à sede da Polícia Civil junto com o advogado, mas não falou com a imprensa. Os detalhes do depoimento não foram informados.
Lívio foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), junto com o comandante da embarcação, por homicídio culposo e lesão corporal culposa, pela da tragédia. A Justiça aceitou o pedido do MP e, em setembro deste ano, ele e o comandante se tornaram réus do caso.
Caso
A embarcação Cavalo Marinho I virou na Baía de Todos-os-Santos, às 6h40, dez minutos após deixar o terminal de Mar Grande, localidade do município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, com destino a Salvador. Na lancha estavam 120 pessoas a bordo: 116 passageiros e quatro tripulantes.
De acordo com o MP, conforme os laudos do inquérito policial, que foi revisado e enviado novamente para o órgão um ano após o acidente, os acusados agiram com imprudência e imperícia. O engenheiro naval que tinha feito uma vistoria na embarcação e que também havia sido indiciado na primeira versão do inquérito, em abril, não foi citado na denúncia.
G1