Em greve, professores da Uneb fazem ato contra proposta salarial do governo Jerônimo

Foto: Aduneb

Professores da Uneb fazem na manhã desta segunda-feira (30) um ato em defesa da universidade pública, a primeira manifestação após a greve iniciada na sexta-feira (27). A mobilização ocorre na entrada do campus da instituição no bairro do Cabula, em Salvador.

Com carro de som, panfletos, faixas e bandeiras, os profissionais chamam atenção para o que classificam como “descaso” do governo Jerônimo Rodrigues (PT) em garantir direitos básicos dos servidores, que relatam precarização das condições de trabalho.

A partir das 13h30, uma assembleia geral terá como pauta a proposta que o comando de greve levará a representantes da gestão estadual em reunião prevista para quarta-feira (2).

Segundo a Aduneb (Associação dos Docentes da Uneb), docentes dos campi do interior e filiados que aderiram à mobilização na capital terão suas despesas com passagens terrestres intermunicipais ressarcidas mediante comprovação de gastos com deslocamento.

Docentes das universidades estaduais de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e de Santa Cruz (Uesc) não aderiram ao ato, já que aceitaram proposta salarial e encerram o estado de greve na semana passada.

A Aduneb disse que manteve a paralisação por considerar insatisfatória a recomposição salarial apresentada na última mesa de negociação, cujo índice representa um aumento acima da inflação de 4,94%, somados os valores dos anos de 2025 e 2026, conforme e previsões inflacionárias são do Boletim Focus. Segundo cálculos do Dieese, porém, a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária desde 2015 chega a 35%.
O sindicato, por sua vez, defende um percentual de 5,5%, dividido em três parcelas, a serem pagas em 2025 e 2026.

Promoções barradas

De acordo com a Aduneb, entre outras questões, mais de 160 docentes da Uneb tiveram suas promoções barradas pela Saeb (Secretaria da Administração).

A associação diz que “inúmeros” adicionais de insalubridade também são negados a professores, que continuam a exercer suas funções em condições insalubres em laboratórios e outros espaços.

Em outra frente, o movimento grevista reivindica ainda o aumento do repasse orçamentário para 7% da Receita Líquida de Impostos, que nos últimos anos não chegou a 5%.

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