O Brasil encerrou 2024 com 278.299 focos de incêndios em seus principais biomas, marcando o maior número registrado nos últimos 14 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O recorde anterior foi em 2010, quando 319,4 mil focos foram contabilizados.
Em comparação com 2023, os focos de queimadas aumentaram 46,5%. No ano passado, o total foi de 189,9 mil registros. Na América do Sul, o Brasil liderou o ranking, seguido pelo Equador, que apresentou crescimento de 248%, alcançando 3.466 ocorrências.
O bioma mais impactado foi a Amazônia, com 140.328 focos, um aumento de 42% em relação a 2023, alcançando o maior índice desde 2007. O Cerrado registrou 81.432 focos, com incremento de 60%, enquanto o Pantanal teve alta de 120%, com 14.498 focos, o maior número desde 2020.
Setembro foi o mês mais crítico de 2024, concentrando 83.154 incêndios, superando os 68.635 registros de agosto, o segundo pior mês do ano. Conforme os dados do Inpe, a destruição comprometeu vastas áreas de biodiversidade, intensificando preocupações sobre os impactos ambientais e climáticos.
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