Sindicato de delegados divulga nota de repúdio contra advogada de vítima de estupro coletivo

O Sindicato de Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindelpol) divulgou, neste domingo, às declarações da advogada Eloísa Samy, que representa a menor de 16 anos, vítima de estupro coletivo na Zona Oeste do Rio. A nota, que teve apoio do Sindicato de Delegados Federais do Rio de Janeiro (SINDPF-RJ), classifica as declarações de Eloísa como “impertinentes e oportunistas” e e repudia ainda ” qualquer tipo de ingerência nas investigações do caso”.

O documento também diz que a advogada parece ignorar que, “nos casos de maior repercussão e apelo popular, se mostra mais relevante a figura de uma autoridade imparcial, técnica e com autonomia para presidir a investigação em todas as linhas que entenda como pertinentes, uma vez que o inquérito policial tem compromisso único e exclusivamente com a verdade e com a justiça”.

Neste sábado, a advogada afirmou que pediria o afastamento do delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), alegando que ele estava criminalizando a vítima. Eloísa disse ainda que Thiers perguntou à menor, durante o depoimento, se ela tinha o hábito de praticar sexo em grupo.

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Neste domingo, a advogada chegou a afirmar que o delegado não iria mais investigar o caso de estupro. No entanto, o pedido de afastamento da autoridade policial foi encaminhado para uma vara criminal.

Confira na íntegra a nota da Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro:

O Sindicato de Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (SINDELPOL-RJ), com o apoio do Sindicato de Delegados Federais do Rio de Janeiro (SINDPF-RJ), repudia de forma veemente as declarações impertinentes e oportunistas da advogada Eloísa Samy, assim como qualquer tipo de ingerência nas investigações do caso.

Ao longo dos anos, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro tem se notabilizado pela defesa intransigente dos direitos humanos e guarda dos direitos fundamentais, em especial os das crianças, dos adolescentes e das mulheres, cujas delegacias especializadas para atendimento se constituem em uma verdadeira “trincheira cidadã” na luta contra qualquer tipo de violência.

A indigitada causídica parece ignorar que, nos casos de maior repercussão e apelo popular, se mostra mais relevante a figura de uma autoridade imparcial, técnica e com autonomia para presidir a investigação em todas as linhas que entenda como pertinentes, uma vez que o inquérito policial tem compromisso único e exclusivamente com a verdade e com a justiça. Nesse passo, as biografias dos delegados responsáveis pela investigação, nos dão a certeza da imparcialidade e eficiência na apuração dos fatos.

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