O presidente Michel Temer (PMDB) autorizou mudanças no relatório da reforma Previdência no Congresso nos pontos de aposentadoria rural e benefício de prestação continuada a deficientes físicos, mas disse que não abrirá mão da idade mínima. Em entrevista nesta quinta-feira (6), o peemedebista declarou ainda que as flexibilizações têm o objetivo de atender aos “reclamos” da população. O recuo se dá após o mandatário perceber que cerca de 60% da sua base aliada é contra a reforma.
“Estamos permitindo que sejam feitas as adequações necessárias, porque você governa com diálogo entre Executivo e Legislativo. Eles fazem ponderações, como a aposentadoria do trabalhador rural, a questão dos deficientes e os benefícios de Prestação Continuada. Eu acabei de autorizar o relator a fazer acordos necessários nesses tópicos, desde que se mantenha a idade mínima, como em vários países”, declarou.
Recuo x pé firme – Inicialmente, o relator do projeto, o deputado Arthur Maia (PPS-BA), apresentaria o relatório na comissão nesta semana. O governo, no entanto, decidiu adiar o prazo. Há chances de o relatório só ser conhecido depois da Páscoa, o que atrasa o calendário de votações do Palácio do Planalto. Como a proposta de mudanças nas aposentadorias é uma emenda à Constituição, ela precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado por dois terços dos parlamentares, em dois turnos. O peemedebista, no entanto, não abre mão do ponto mais criticado da sua proposta, a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres.
Fonte: Bahia.Ba
