Salvador: Cerco se fecha a petistas infiéis

Se até o momento os vereadores do PT Arnando Lessa, Moises Rocha, Carlos Suíca, J. Carlos Filho, Alcindo da Anunciação e Henrique Carballal têm descumprido as deliberações partidárias nas votações da Câmara Municipal sem nenhum tipo de punição, o mesmo pode não acontecer a partir do próximo ano.

Informações dão conta de que o governador eleito Rui Costa não vai dar moleza aos infiéis. O pano de fundo é 2018, quando acontecerão as eleições para o governo. Rui tentará a reeleição e terá como rival o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). “Os vereadores devem ter na cabeça que haverá essa disputa daqui a quatro anos”, assinalou uma fonte.

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Já visando o embate entre Rui e Neto, o PT de Salvador terá até 90 dias para definir os destinos dos seis infiéis. A Comissão de Ética foi instalada na segunda-feira passada (1º) e conta com oito integrantes das diversas tendências petistas. A maior punição é a expulsão da legenda. Os vereadores já têm em mãos o processo já com o prazo para defesa.

Segundo o presidente municipal do PT, Edson Valadares, que passa o bastão nesta quinta-feira a Marta Rodrigues, a Executiva Estadual também tem se reunido com a missão de unificar a bancada do PT na Câmara. “Há uma resolução com questão fechada sobre alguns temas como urbanismo e tributação. São questões, por exemplo, que o PT costuma ouvir a sociedade. E todas as tendências, das quais os vereadores fazem parte, estão cientes e concordam com essa deliberação”, assinalou Valadares, que acredita na unidade da bancada.

Apesar da crença do presidente municipal da sigla, os vereadores deixaram claro que dificilmente vão, por ora, votar coeso com determinação partidária. Ao contrário do que deliberou o PT, os vereadores Alcindo da Anunciação, Moises Rocha, Henrique Carballal, votaram a favor da reforma administrativa enviada por ACM Neto à Câmara Municipal, na sessão desta terça-feira (9). “O que aconteceu ontem, por exemplo, é um absurdo. Acho que quem quiser, não se sentir à vontade com as decisões partidárias, deve procura seu caminho”, insinuou Valadares.

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