Risco de infarto aumenta 30% no inverno; descubra fatores de risco

INFARTO-MAO-NO-CORACAO-460x197As baixas temperaturas do inverno fazem aumentar em 30% o risco de infarto, principalmente em pessoas que apresentam fatores de risco. Entre as pessoas idosas este índice pode chegar a 44%. Hipertensos, diabéticos e obesos estão entre os que sofrem maior risco.

No frio as artérias ficam mais resistentes e, com isso, a pressão arterial aumenta. Outro fato é que há uma tendência no aumento dos processos inflamatórios de vias aéreas, as gripes. Com isso, as artérias e os vasos ficam inflamados. Além disso, no frio, o sangue fica mais viscoso, o que favorece a ocorrência do infarto.

Segundo o cardiologista e responsável pelo Clinic Check-up HCor (Hospital do Coração), em São Paulo, Dr. César Jardim, a chegada do frio torna o cenário ainda mais perigoso às pessoas que têm muitos fatores de riscos para as doenças cardiovasculares. “Por isso, é imprescindível realizar o check-up cardiológico anualmente, praticar exercícios físicos com orientação de especialista e, ainda, consumir alimentos saudáveis, evitar gorduras e sal em excesso”, salienta.

No inverno, ainda há outro componente que agrava o quadro de risco aumentado. Nessa época muitos deixam de praticar exercícios e passam a comer alimentos mais calóricos, pela sensação de bem-estar e aquecimento corporal que eles proporcionam. É preciso lutar contra o comodismo.

“A atividade física aquece o corpo, melhora a disposição e existem muitos alimentos que também podem proporcionar esse bem-estar sem excesso de calorias. Alguns exemplos são o queijo branco, pão integral, peito de peru, ovo cozido e frutas como banana e damasco”, explica Dr. César Jardim. Ainda de acordo com o médico, para tentar diminuir o risco de infarto no inverno é preciso se hidratar bem.

Principais fatores de risco

Livrar-se dos fatores de risco é fundamental em qualquer clima. Entre os mais frequentes, Dr. César Jardim destaca o tabagismo, hipertensão, sedentarismo, obesidade e estresse. Infartos são mais frequentes em homens, especialmente a partir dos 45 anos, embora sejam mais fulminantes em mulheres.

Dor no peito é um dos principais sintomas, com a sensação podendo irradiar para o braço esquerdo. Sintomas mais genéricos, como tontura, náuseas e suor intenso podem aparecer, mas há até casos em que o episódio ocorre de forma silenciosa.

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