Política não pode motivar agressão, diz CNBB

Foto Valter Campanato/Agencia Brasil

Sérgio Rocha, cardeal e presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), se manifestou contra a intolerância neste período eleitoral e afirmou que divergências políticas não devem “motivar agressão”. “A discussão de ideias políticas não pode ser motivo para agressões”, diz o cardeal. Em todo o Brasil tem circulado notícias sobre caso de agressões e ofensas de ambos os lados, entre eleitores de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

Para Rocha, as “lideranças políticas têm a responsabilidade de colaborar para a convivência respeitosa entre as pessoas, especialmente neste período eleitoral”, disse. Os relatos mostram igrejas pichadas, como um templo da Universal em que escreveram “Hitler = Bolsonaro”, após Edir Macedo declarar apoio ao deputado, assim como espancamentos e até assassinatos, como o de Moa do Katendê e outros casos que seguem em investigação.

O próprio líder da CNBB foi alvo da ira dos eleitores, ao declarar ainda em fevereiro que ficaria ao lado de candidatos que prezassem pela paz, em detrimento daqueles que “promovam ainda mais a violência”. Na ocasião, simpatizantes de Bolsonaro entenderam como uma indireta.

Segundo Rocha, ele não queria falar sobre um candidato específico e o órgão apenas se posiciona sobre a “realidade vivida no país”. “Não cabe à Igreja substituir os candidatos ou os eleitores”, diz o religioso. “É importante recordar que, segundo as normas da Igreja, a militância político-partidária cabe aos leigos e leigas, não ao clero”, analisa.

Fonte: Folha de S. Paulo | Redação: Bahia Noticias

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