POLÍCIA AGE COM ‘CAUTELA’ NO CASO DO ESTUPRO DE 33 BANDIDOS

RJ - ESTUPRO COLETIVO/RIO - GERAL - Os delegados Alessandro Thears (DRCI) (e), Fernando Veloso, chefe de   Polícia Civil, e Cristiana Honorato (DCAV) durante entrevista coletiva   sobre caso da jovem de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo no   último sábado, 21, no Rio de Janeiro. A coletiva é realizada na Cidade da   Polícia, no bairro do Jacarezinho, na zona norte do Rio.     27/05/2016 - Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
RJ – ESTUPRO COLETIVO/RIO – GERAL – Os delegados Alessandro Thears (DRCI) (e), Fernando Veloso, chefe de Polícia Civil, e Cristiana Honorato (DCAV) durante entrevista coletiva sobre caso da jovem de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo no último sábado, 21, no Rio de Janeiro. A coletiva é realizada na Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho, na zona norte do Rio. 27/05/2016 – Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

 

A Polícia Civil do Rio de Janeiro concedeu coletiva nesta sexta-feira (27) sobre o estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos em uma favela na zona oeste do Rio de Janeiro, o Morro da Barão, em Jacarepaguá, no último sábado (21). O caso chocou o Brasil e repercutiu no exterior. Apesar disso, a polícia e a imprensa carioca evitam até mencionar a favela onde ocorreu o crime e até que os 33 homens armados, denunciados pela vítimas, sejam criminosos envolvidos no tráfico de drogas.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro já identificou quatro suspeitos, mas ninguém foi preso até o momento, alegando que “não há elementos suficientes”. O número real de homens envolvidos está sendo investigado.  A vítima informou que, ao acordar, “tinha 33 caras em cima de mim”.

Usando de muita cautela, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que a polícia ainda não confirmou oficialmente o estupro, “nós não chegamos ainda a conclusões para poder dizer, como tem sido dito, um estupro coletivo com 33 ou 36 ou 30 pessoas. Mas essa linha vai se tornando cada vez mais forte na medida em que as investigações vão evoluindo. Vai fazer toda a diferença quando uma dessas pessoas for de fato capturada e trazida para prestar depoimento”.

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro José Mariano Beltrame se pronunciou na página da secretaria, no Twitter: “estamos com duas delegacias investigando essa barbárie, para uma rápida resposta à sociedade. Esse episódio mostra como operam as punições das facções criminosas, que ainda tentam impor o silêncio às vítimas e testemunhas. Não vão conseguir. Não vamos descansar até identificar e prender todos”.

Imagens do crime foram divulgadas na internet e assim o caso veio a público. Em um vídeo de menos de um minuto, a menina aparece nua, ferida e desacordada, enquanto um grupo de homens zombando e tocando nas partes íntimas da vítima, informando que ela foi violentada “por mais de 30”.

Nas zombarias, três vozes podem ser ouvidas, e uma ironicamente declara “essa daqui é a famosa come rato da Barão”. Uma foto, junto a menina desacordada traz a seguinte legenda: “Estado do Rio de Janeiro inaugura o novo túnel para a passagem do trem bala do marreta”.

A adolescente, de 16 anos, contou à polícia que no último sábado (21) esteve na casa de um rapaz com quem tinha um relacionamento há três anos. Eles estavam sozinhos e que depois só se lembra que acordou no domingo (22) em uma casa na mesma favela com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela estava dopada e nua.

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