Nesta sexta-feira (16), é feriado municipal em Mutuípe, dia do padroeiro, São Roque, as 5h da manhã acontecerá a alvorada festiva, as 7 horas, missa pelos falecidos, as 10h, missa solene celebração eucarística, as 16h, procissão pelas ruas encerrando com a bênção do Santíssimo Sacramento.
BREVE HISTÓRICO DA DEVOÇÃO A SÃO ROQUE DE MUTUÍPE.
Houve a possibilidade de Santo Antônio se tornar o padroeiro de
Mutuípe, tendo em vista, que a primeira capela erguida nestas terras foi em sua honra, pelos
descendentes de italianos, na localidade da Moenda.
A referência religiosa dos moradores da Vila Mutum
em 1897, era a igreja do Senhor Bonfim no povoado das Velhas, atualmente a
cidade de Jiquiriçá, a quem pertencia todo este território.
Com a chegada do desenvolvimento, através da linha de trem Nazaré – Vitória da Conquista, a pequena vila se expandiu acolhendo migrantes de toda redondeza, com isto nos anos de 1904, uma série de doenças em epidemia, como a febre tifoide, se disseminou entre os moradores fazendo com que muitos morressem, inclusive se construiu um cemitério no alto da Jaqueira para sepultar os chamados “lazarentos.”
Em 1907, chegava a Vila Mutum, profissionais
especializados para ampliar a construção do pontilhão da train’road, e estes
também foram acometidos pelo surto de febre, um deles testemunhou que na região
do canal torto onde trabalhavam, desembarcou um andarilho que ensinava remédios
caseiros, e que este homem reuniu os moradores da Vila, falou sobre a devoção a
São Roque em Nazaré, e de que este era o santo invocado nos lugares em
epidemias, e assim prometeu junto ao povo, que se alcançassem a graça de serem
curados, São Roque teria uma festa todos os anos.
De fato, por meio dos remédios caseiros, e da fé do
povo, a febre foi contida, e assim no dia 16 de Agosto de 1907 realizou-se na
atual praça Goês Calmon uma Missa em ação de graças a São Roque pelo Pe.
Antônio Cantidiano de Jesus Marinho – Vigário de Jiquiriçá. Naquele mesmo dia,
todos se motivaram para o erguimento de uma capela para São Roque, firmando a
promessa de todos os anos realizarem a festa.
A capela demorou doze anos pra ser concluída, e São
Roque só foi instaurado padroeiro, logo após a população de Mutum sofrer as
consequências da enchente do Rio Jiquiriçá de 1914, que assolou a região em
desastre natural, e deixou um novo surto de doenças contagiosas como a varíola.
Em 1917, o Pe. Clodoaldo Barbosa – Vigário de Jiquiriçá adquiriu uma bela
imagem do padroeiro, que chegou a Vila na grande festa de inauguração da igreja
de São Roque em 1919.
Com passar dos anos, inúmeras mudanças foram
acontecendo, como a demolição da antiga matriz, o roubo da primeira imagem, mas
a promessa inicial perpassa as gerações, e se mantem forte nos nossos dias.
Fonte:Midia Bahia/Editado por Vale Mais Noticias