Manifestação reúne representantes de entidades contra a PEC 55 em Feira

Representantes de diversos setores da sociedade, como profissionais de saúde e da educação, saíram às ruas na manhã desta sexta-feira (25), para protestar contra a Medida Provisória do governo PEC 55, que congela os gastos públicos durante vinte anos.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física da Bahia, Geovan de Melo, afirma que o protesto também é contra a Medida Provisória 746 do governo, para reformulação do Ensino Médio. Segundo ele, a MP irá congelar os investimentos na educação por vinte anos e retirar do currículo do ensino médio das escolas matérias como a educação física.

“A possibilidade dos nossos filhos e netos participarem de uma aula de esporte, ginástica e dança seráexcluída. Só será possível proporcionar isso às nossas crianças no ensino fundamental. Essa Medida Provisória acaba com a educação física, com a cultura afrodescendente, a filosofia e a sociologia. Um prejuízo muito grande, não somente para a classe profissional, que perde esse nicho de mercado, mas principalmente a sociedade. Deveríamos, na verdade, estar incentivando a prática do esporte na escola, o exercício físico para evitar o sedentarismo, stress, doenças, coisas que o exercício combatem”, declarou.

A Enfermeira Fabia Quele diz que a pressão popular é essencial neste momento. “Precisamos vir às ruas colocar as nossas pautas para que a população também se sinta representada e passe a fazer parte do movimento. A gente tem que se fazer presente, a nossa força política, ter voz, e é na rua que a gente ganha voz, então é legitimar mesmo o nosso querer”, afirmou a profissional.

Ainda de acordo com ela, congelar os recursos da saúde será prejudicial ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para a população da enfermagem ainda mais porque é a saúde pública que absorve, é o principal mercado de trabalho de nós profissionais.

“Vai ser um problema muito grande, porque se não tem condições para o financiamento da saúde, imagine a qualidade da saúde que será prestada à população. Na verdade, essa é uma tentativa indecente de precarizar ainda mais a saúde pública, com vistas no futuro a uma privatização”, avaliou.

A coordenadora da Adufs, que representa os professores universitários, Gracinete Souza, destaca que a categoria continua na luta por seus direitos.

“Temos que ir à luta dizer para o governo que nós não queremos essa PEC. Essa conta não é nossa, é das indústrias. O governo não fala quanto foi de isenção de imposto que tiveram. Quem tem que pagar a conta são os grandes empresários. São vinte anos de retrocesso. Pelo que a gente está vendo o Brasil nunca vai investir em educação e saúde. Estão mostrando aí nos hospitais a crise que está na saúde e na educação vai ser um atraso grande em pesquisa. A gente vem sofrendo há muito tempo com essa falta de dinheiro nas universidades”, disse.

Acorda Cidade*

 

 

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