Jequié: secretário reconhece erro em mochilas e diz que há uso político do caso

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O secretário de Educação de Jequié, Roberto Gondim, falou ao BNews sobre o caso que viralizou nas redes sociais no últimos dias: o kit entregue aos estudantes da rede municipal de ensino que continha uma mochila considerada grande para algumas crianças.

Gondim reconheceu que houve erro ao não prever um quantitativo de mochilas em tamanho menor para crianças também menores. Ele explica que teve que correr contra o tempo para concluir a licitação antes do encerramento das matrículas dos estudantes. Assim, no momento em que o edital foi lançado, ainda não havia uma estimativa do total de alunos matriculados.

Vencida por uma empresa de Santa Catarina, a licitação previa a aquisição de 18 mil mochilas, 18 mil estojos contendo itens como lápis, borracha, caneta, dentre outros, e 36 mil camisas para fardamento escolar. O montante envolvido em toda a compra chegou a R$ 467,8 mil. Somente as mochilas custaram R$ 205,2 mil, o que representa R$ 11,40 por unidade.

“Quando assumimos a prefeitura, éramos oposição à gestão anterior. Tomamos posse sem um processo de transição, identificamos que a rede municipal de ensino, que já teve 21 mil estudantes, fechou com 13 mil e precisávamos, num espaço recorde da posse até o início do ano letivo, atrair novos alunos”, conta Gondim, apontando o cenário em que o kit foi adotado como estratégia para conseguir os 4 mil novos alunos matriculados.

Ao ver a repercussão da polêmica envolvendo as mochilas dos estudantes, o secretário tentou minimizar as críticas. “Abro aqui um parênteses, quando vou levar meu filho na escola particular, as mochilas geralmente são maiores que os alunos. A mochila é para os pais ou responsáveis carregarem. Até porque há uma norma do Ministério da Saúde para que as crianças não carreguem peso”, frisou. Gondim também disse que chegou a achar as montagens engraçadas e criticou o uso político do caso.

Bocão News

 

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