Fatores climáticos e aumento da demanda pelo café devem manter os preços altos, estima Abic

Foto: Agência Brasil

O preço do café deverá seguir em alta até a safra deste ano, que começa a ser colhida em abril ou maio, devido a fatores climáticos adversos e ao aumento da demanda global. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) informou que o impacto nos preços deve persistir por mais dois ou três meses, com uma possível estabilização após a safra, mas a queda só deve ocorrer a partir do próximo ano.

De acordo com informações divulgadas pelo Agência Brasil, o aumento nos preços é reflexo de problemas climáticos nos últimos anos, como geadas e fenômenos como El Niño e La Niña, além dos custos elevados de produção.

A cotação do café atingiu recordes históricos na Bolsa de Nova York, com a libra-peso ultrapassando os US$ 3,97. A Abic espera que a safra de 2024 contribua para a estabilização dos preços, com um possível recorde de produção no ano seguinte.

Apesar da expectativa de estabilização, a indústria continuará repassando os aumentos ao consumidor, que já enfrenta altas consideráveis nos preços. Em 2023, o mercado interno de café no Brasil teve um faturamento de R$ 36,82 bilhões, impulsionado pelo aumento de preços. Ainda de acordo com os dados, no último ano, o preço do café no varejo subiu em média 37,4%, superando a inflação da cesta básica.

Os cafés especiais e gourmets também registraram aumentos significativos, enquanto os cafés tradicionais e extrafortes tiveram um aumento de 39,36%. A alta nos preços tem afetado diretamente o bolso dos consumidores, e a previsão é que o impacto continue até o próximo ciclo da safra.

Informações divulgadas pelo Agência Brasil.

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