‘Ela morreu para proteger o filho’, diz filha de idosa executada em Cachoeira

“Ela morreu para proteger o filho, para salvar o filho. Mataram minha linda, mataram minha linda”. O relato, emocionado, da filha de Francisca Amorim Nogueira, 61 anos, resume o sentimento da família da vendedora que foi executada na noite de quinta-feira (23) na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano.
A filha, que prefere não se identificar, disse que a mãe estava na porta de casa quando foi morta. O crime aconteceu em um imóvel localizado na 1ª Travessa, no Centro de Cachoeira. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública dois homens invadiram o casarão onde morava a idosa na tentativa de capturar um dos filho dela. “Os traficantes invadiram o local em busca do filho de Francisca que tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Após invadirem a casa e não encontrarem o jovem, que fugiu pelos fundos, os criminosos atiraram contra a idosa como vingança”, informou a SSP, em nota.
Policiais da 27ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Cruz das Almas), faziam rondas na localidade e ouviram os disparos. Os homicidas atiraram contra as unidades e foram feridos. Ambos levados para o Hospital Municipal de Cachoeira, não resistiram aos ferimentos”, destacou a SSP, em nota. Foram mortos pela polícia, após a morte de Francisca, Carlos Gleidson Carneiro de Jesus, 22 anos,  e o outro homem que estava com ele, mas não foi identificado. Carlos  já tinha sido preso por tráfico e roubo quatro vezes.
Além das quatro prisões, Carlos também tinhadois mandados de prisão em aberto por tráfico e roubo. De acordo com o delegado Eduardo Coutinho, dois dos filhos de Francisca estavam ligados ao comércio ilegal de drogas. “Relatos dos moradores dão conta que uma filha dela era companheira de um dos líderes do  tráfico na região, morto na última semana”, afirmou o delegado.
A SSP informou que um revólver Taurus, numeração raspada, utilizado no homicídio e uma pistola, niquelada, nº QC58400, com carregador, além de munições e cartuchos foram apreendidos pela polícia. Equipes da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) estão a caminho do município para integrar as investigações do caso.
(Correio)
Total
0
Shares
Outras
Total
0
Share