O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), sinalizou uma mudança de discurso em relação ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), seu aliado, após a apreensão, pela Polícia Federal, de R$ 51 milhões em um apartamento, no bairro da Graça, utilizado pelo peemedebista, de acordo com as investigações.
Se em momentos anteriores o democrata saiu em defesa do peemedebista imediatamente (veja aqui, aqui e aqui), nesta quarta-feira (6) o tom adotado foi outro, inclusive com a defesa de que “a lei vale para todos”.
“Confio na polícia e no Poder Judiciário. Espero que eles possam realizar o trabalho o mais rápido possível para que as explicações sejam dadas e as conclusões apresentadas em relação à origem e propriedade desses recursos. A partir das conclusões, vamos ter condições de avaliar exatamente o que aconteceu, mas a lei vale para todos. Não há distinção se é do partido A, B ou C. Se é aliado ou adversário”, declarou o gestor, após inaugurar o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) da Mata Escura.
Ainda segundo o prefeito, a apreensão integra uma lista de notícias “que causaram total perplexidade, de maneira geral, à política brasileira”.
Solla – Neto prometeu ainda processar o deputado federal Jorge Solla (PT), que disse que o dinheiro encontrado no apartamento associado a Geddel financiaria a campanha do democrata em 2018.
“Solla já responde a um processo meu. Será mais um processo contra ele, que devia estar cuidando de outras coisas e não falando mentiras e assacando contra a honra de pessoas sérias. É uma pessoa desequilibrada, um político até um pouco cego, porque é incapaz de ver que o seu próprio partido é o mais corrupto do país”, disse.
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