O senador Cristovam Buarque (PPS/DF) reafirmou seu desejo de disputar a presidência da República. Em entrevista ao jornalista Ricardo Noblat, publicada em “O Globo” neste sábado (11), ele foi direto. “Quero ser. O momento exige que qualquer um de nós que está na política, e acha que tem o que dizer sobre o futuro do Brasil, ponha seu nome à disposição dos partidos. Ofereço o meu ao PPS”, disse.
Questionado se acredita que terá o apoio do partido, Cristovam não tem certeza: “Não sei ainda, mas vou tentar. Começo hoje”.
Sobre a declaração do presidente da própria legenda, o deputado Roberto Freire (SP), de que ele não tem voto para ser candidato à presidência da República, o senador respondeu: “Não vejo nenhum candidato que, hoje, tenha votos, salvo Lula e Bolsonaro que estão à frente das pesquisas”.
E comentou como enxerga essa candidaturas: “Os dois, que representam extremos, justificam a minha disposição para ser candidato. Bolsonaro tem saudades do autoritarismo. Lula, do populismo. São extremos antiquados, obsoletos”.
Ele falou também sobre a possibilidade de Luciano Huck, nome bastante ventilado para entrar na disputa presidencial em 2018, filiar-se ao PPS. “A eventual entrada dele seria positiva para meu partido. Luciano goza de muita simpatia na opinião pública. Mas não estou convencido de que ele seria uma boa alternativa como candidato”, disse.
E justificou: “Porque eu me pergunto: ‘Como seriam os primeiros dias de um governo Luciano Huck?’. O próximo presidente será o primeiro do terceiro centenário da nossa independência. Como que a gente vai construir uma economia eficiente? Uma educação eficiente e mais justa que não desperdice nenhum cérebro, nem de rico nem de pobre? O cérebro é o poço de petróleo do futuro. Não vejo ainda o Hulk apresentando propostas nesse sentido”.
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