Conselho de Saúde cobra que pacientes que viajem para tratamentos na Bahia tenham seguro de vida

Crédito: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO

Após a notícia do acidente que matou três pacientes que seriam atendidos em Salvador, Marcos Sampaio, presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), cobrou que os passageiros tenham seguro de vida.

A van, que transportava 16 pessoas, saiu de Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, com destino a Salvador. A colisão com um caminhão aconteceu na altura da cidade de Candeias, na BR-324. Na semana passada, outros quatro pacientes morreram na mesma estrada.

Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde, os passageiros deveriam ter seguro de vida em caso de acidentes durante as viagens feitas através do transporte Fora do Domicílio (TFD). “As pessoas estão vindo [para Salvador] para consulta eletivas e é inadmissível que estejam sujeitas a esse tipo de acidente. Precisamos instalar, de forma urgente, o seguro de vida para essas vítimas que deixam famílias desamparadas”, afirma.

As vítimas do acidente da quarta-feira (11), foram identificadas como Ildenice de Melo, Maria dos Santos Souza Bastos e Marinalva dos Santos Bastos. As duas últimas eram irmãs. “As pessoas não perderam a vida por causa da doença que tinham, mas por um acidente de trânsito que, inclusive, pode ter sido causado pela negligência de alguém”, completa Marcos Sampaio.

A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, lamentou as mortes e disse que a pasta está empenhada em prestar assistência às famílias das vítimas. “Lamentamos profundamente o acidente envolvendo a van de transporte de pacientes de Mutuípe para Salvador. Nossa prioridade é garantir apoio integral às vítimas e suas famílias. Estamos acompanhando de perto o estado de saúde dos feridos”, falou.

A União dos Municípios da Bahia (UPB) foi procurada para se manifestar sobre as condições do transporte de passageiros que viajam para receber atendimento médico no estado. “Municípios pequenos costumam realizar tratamentos de saúde de alta complexidade em cidades polos, pelo custo elevado de equipamentos e pela baixa oferta de médicos especialistas no interior do estado, Isso faz com que o trânsito de pacientes seja rotina nas estradas da Bahia”, falou.

A UPB ainda destacou as condições das BRs 116 e 324 que, segundo a instituição, têm “dificultado o transporte de pacientes e trazido risco à vida”. O  Conselho de Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems) foi procurado, mas não se manifestou sobre os acidentes até esta publicação. 

Correio*

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