Foi arquivado nesta terça-feira (2) pelo Conselho de Ética os processos por quebra de decoro abertos para investigar os deputados Afonso Florence, Rui Costa e Nelson Pelegrino, todos do PT da Bahia. Motivados por representações apresentadas pelo PSDB e DEM, baseadas na reportagem publicada em setembro pela revista Veja, que aponta um suposto envolvimente dos parlamentares no desvio de dinheiro destinado à construção de 1.120 casas populares com a participação da Organização Não Governamental (ONG) Instituto Brasil e a presidente da organização, Dalva Sele Paiva, autora das denúncias. Sua denúncia aponta que a entidade foi criada por petistas baianos com o objetivo de financiar o caixa eleitoral do partido.
Para arquivar o caso, os três relatores, Wladimir Costa (SD-PA), Mauro Lopes (PMDB-MG) e Ronaldo Benedete (PMDB-SC), indicaram a falta de provas como justificativa para não levar adiante o processo de cassação dos mandatos. Segundo o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), relator do processo contra Florence, Dalva “não tem currículo, ela tem ficha criminal extensa”. Ele ainda lembrou que Paiva tinha dívidas antes da denúncia ser feita, e que só foram pagas logo depois da veiculação da reportagem e destacou que a presidente da ONG viajou para o exterior com a família na mesma época e não retornou para confirmar as acusações feitas aos três deputados.
