Concurso vira polêmica ao associar trechos da Bíblia com expressões racistas

Foto: Elói Corrêa/GOVBA

A questão de um concurso público virou polêmica por associar a interpretação de um texto bíblico com expressões de cunho racista. O episódio ocorreu com a Prefeitura de Morrinhos, na região sul de Goiás.

Quatro alternativas de respostas traziam frases como “negro deitado é um porco, de pé é um toco” ou ainda “negro parado é suspeito, correndo é ladrão, voando é urubu”. A Polícia Civil do município apura se houve crime.

A avaliação, ocorrida no último dia 15, apresentou, na categoria de conhecimentos gerais, um texto com o título “Qual a origem do racismo?”. De acordo com o material, teólogos europeus chegaram à conclusão de que a escravidão de africanos, no século 15, era algo natural.

Para tanto, a prova considerou uma passagem da Bíblia, contida em Gênesis, em que Canaã, filho de Noé, se embriaga e é condenado à escravidão. O questionamento, conforme o texto sagrado, era sobre qual seria o provérbio racista que representava a ideia do trecho, sendo a alternativa correta “negro só tem de gente os dentes”.

As demais eram: “Negro parado é suspeito, correndo é ladrão, voando é urubu”; “Negro quando não suja na entrada, suja na saída”; “Negro deitado é um porco, e de pé um toco”.

O coordenador da empresa responsável pelo exame afirmou, em entrevista ao G1, que o objetivo da questão era provocar uma discussão sobre o tema.

Metro 1

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