Bacelares disputam na Justiça uso do nome na campanha

Bacelares
Os deputados federal e estadual João Carlos Bacelar (PR e PTN), primos em primeiro grau, estão em pé de guerra. Os dois políticos irão disputar uma das cadeiras da Câmara Federal nas eleições deste ano. Bacelar e Bacelar querem usar na campanha e nas urnas o nome completo – João Carlos Bacelar -, o que não é permitido pela legislação.
Havia um acordo entre os primos, mas foi desfeito. Bacelar, o federal, estava utilizando apenas João Bacelar. E Bacelar, o estadual e ex-secretário de Educação de Salvador, o nome completo.
“Esse pacto valia apenas com ele concorrendo a estadual e eu, a federal. Quem tem o direito de usar o nome completo sou eu, que sou federal. E João Carlos Bacelar era meu pai, que me pediu, no leito de morte, para honrar e usar seu nome como político” disse Bacelar, o federal, que tentou levar o PR para os braços da oposição, onde está Bacelar, o estadual, mas desistiu e declarou apoio ao petista Rui Costa. “Quem tem a preferência sou eu, que já uso o nome completo há várias eleições, desde 92. Foi um pacto que fizemos e que ele quer rever agora”, contou Bacelar, o estadual, que culpa os pais e os tios pela confusão: “A culpa é dos nossos pais, que me batizaram com o nome do meu tio. Ele é um primo querido, mas politicamente somos bem diferentes”, cutucou.
Conforme declarações de bens junto ao Tribunal Superior Eleitoral, Bacelar, o federal, é mais rico que o Bacelar estadual. Declarou possuir patrimônio de R$ 2,5 milhões. Só de dinheiro em conta bancária atinge a cifra de R$ 1,2 milhão. Bacelar, o estadual, declarou uma fortuna mais modesta de meio milhão de reais. Em conta bancária tem seis vezes menos dinheiro que o parente, quase R$ 270 mil depositados, conforme declaração junto à corte eleitoral.
A Justiça Eleitoral deverá decidir qual foto aparecerá na urna caso algum eleitor queira dar um voto a João Carlos Bacelar para deputado federal.
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