Abuso do álcool aumenta o risco para o desenvolvimento da demência

Foto: Frank Leonhardt

Um estudo publicado esta semana na revista “Lancet Public Health” revelou que o consumo crônico e em excesso do álcool não faz mal apenas ao fígado, mas também ao cérebro. De acordo com O Globo, os resultados indicam que o abuso de bebidas alcoólicas está associado com risco três vezes maior de demência, tornando o alcoolismo o principal fator para o declínio cognitivo que pode ser controlado pela alteração no estilo de vida. Por este motivo, os pesquisadores sugerem a implementação de políticas para o diagnóstico e o tratamento precoce dessa parcela da população para reduzir casos futuros da doença. Na pesquisa, os cientistas consideraram os 57.353 casos de demência precoce, em indivíduos com menos de 65 anos, diagnosticados pelo sistema de saúde público francês entre 2008 e 2013. Deles, 39% foram atribuídos a danos cerebrais relacionados com o consumo do álcool. Além disso, 18% dos pacientes sofriam de alcoolismo. No total, as desordens relacionadas ao uso do álcool estão associadas a um risco três vezes maior de desenvolvimento da demência. As desordens do uso do álcool também aumentam os riscos de pressão alta, diabetes, derrame, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca, que podem, por sua vez, aumentar o risco de demência vascular. Por fim, a bebida em excesso está associada com o tabaco, a depressão e a baixa escolaridade, que também são fatores de risco para a demência.

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